MAMÍFEROS FÓSSEIS DO QUATERNÁRIO DA GRUTA TACHO DE OURO, TOCANTINS, NORTE DO BRASIL: DIVERSIDADE, TAFONOMIA E ASPECTOS PALEOICNOLÓGICOS E PALEOAMBIENTAIS

Autores

  • Richard Buchmann Laboratório de Mastozoologia, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Av. Pasteur, 458, 22290-240, Prédio do CCET/IBIO, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Matheus Silva Guimarães Laboratório de Mastozoologia, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Av. Pasteur, 458, 22290-240, Prédio do CCET/IBIO, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Bruno Cesar de Almeida Rocha-dos-Santos Laboratório de Mastozoologia, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Av. Pasteur, 458, 22290-240, Prédio do CCET/IBIO, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Rafael de de Souza Pinheiro Laboratório de Mastozoologia, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Av. Pasteur, 458, 22290-240, Prédio do CCET/IBIO, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Alline Rotti Laboratório de Mastozoologia, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Av. Pasteur, 458, 22290-240, Prédio do CCET/IBIO, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Leonardo dos Santos Ávilla Laboratório de Mastozoologia, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Av. Pasteur, 458, 22290-240, Prédio do CCET/IBIO, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Jacqueline Freitas Laboratório de Paleontologia e Evolução, Curso de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Goiás, Rua Mucuri, s/n, 74968-755, Aparecida de Goiânia, GO, Brasil.
  • Hermínio Ismael de Araújo-Júnior Departamento de Estratigrafia e Paleontologia, Faculdade de Geologia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rua São Francisco Xavier, 524, 20550-013, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.4072/20

Resumo

As grutas da Província Espeleológica Bambuí, em Aurora do Tocantins, norte do Brasil, têm revelado importantes acumulações fossilíferas atribuídas ao intervalo Pleistoceno Superior–Holoceno. Recentemente, os primeiros registros fósseis da Gruta Tacho de Ouro foram recuperados, sendo estes atribuídos aos táxons Tayassu pecari, Cervidae indet., Odocoileus virginianus, Mazama sp., Palaeolama major, Tapirus sp., Coendou sp. e Catonyx cuvieri. A presença de táxons extintos entre os achados sugere que a tafocenose pode ser atribuída ao intervalo Neopleistoceno–Holoceno. Informações quanto aos habitats reconhecidos para os táxons encontrados na caverna indicam um ambiente afetado por variações climáticas neste intervalo, corroborando com a hipótese da não contemporaneidade dos espécimes. A ocorrência de O. virginianus na Gruta Tacho de Ouro representa o registro mais meridional para a espécie no Brasil. A análise tafonômica indica que os animais provavelmente pereceram externamente à gruta, em um clima árido e, posteriormente, foram carreados para o interior da caverna por um fluxo hidráulico de baixa energia, onde foram rapidamente soterrados entrando em contato com o nível vadoso da gruta. A análise quanto aos vestígios de alimentação (Fodinichnia) observados nos fósseis apontou que tais danos estão associados à predação ou necrofagia realizada por carnívoros.


Palavras-chave: Província Espeleológica Bambuí, Aurora do Tocantins, Intervalo Pleistoceno–Holoceno.

 

DOI: http://dx.doi.org/10.4072/rbp.2017.2.05

Biografia do Autor

Richard Buchmann, Laboratório de Mastozoologia, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Av. Pasteur, 458, 22290-240, Prédio do CCET/IBIO, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Matheus Silva Guimarães, Laboratório de Mastozoologia, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Av. Pasteur, 458, 22290-240, Prédio do CCET/IBIO, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Bruno Cesar de Almeida Rocha-dos-Santos, Laboratório de Mastozoologia, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Av. Pasteur, 458, 22290-240, Prédio do CCET/IBIO, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Rafael de de Souza Pinheiro, Laboratório de Mastozoologia, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Av. Pasteur, 458, 22290-240, Prédio do CCET/IBIO, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Alline Rotti, Laboratório de Mastozoologia, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Av. Pasteur, 458, 22290-240, Prédio do CCET/IBIO, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Leonardo dos Santos Ávilla, Laboratório de Mastozoologia, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Av. Pasteur, 458, 22290-240, Prédio do CCET/IBIO, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Jacqueline Freitas, Laboratório de Paleontologia e Evolução, Curso de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Goiás, Rua Mucuri, s/n, 74968-755, Aparecida de Goiânia, GO, Brasil.

Hermínio Ismael de Araújo-Júnior, Departamento de Estratigrafia e Paleontologia, Faculdade de Geologia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rua São Francisco Xavier, 524, 20550-013, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

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Publicado

2017-08-28

Como Citar

Buchmann, R., Guimarães, M. S., Rocha-dos-Santos, B. C. de A., Pinheiro, R. de de S., Rotti, A., Ávilla, L. dos S., Freitas, J., & Araújo-Júnior, H. I. de. (2017). MAMÍFEROS FÓSSEIS DO QUATERNÁRIO DA GRUTA TACHO DE OURO, TOCANTINS, NORTE DO BRASIL: DIVERSIDADE, TAFONOMIA E ASPECTOS PALEOICNOLÓGICOS E PALEOAMBIENTAIS. Revista Brasileira De Paleontologia, 20(2), 203–218. https://doi.org/10.4072/20

Edição

Seção

Artigos