The critical role of accurate fossil identification: the case of the ostracods of the Codó Formation, NE Brazil
DOI:
https://doi.org/10.4072/rbp.2023.4.01Abstract
The Class Ostracoda comprises bivalve microcrustaceans with great diversity and abundance in the Lower Cretaceous paleolakes of Brazil and the world. With species generally well-preserved and of relatively short biochrons, it has provided high-resolution biostratigraphic frameworks that permit long-distance correlations. In this context, the Lower Cretaceous biozones of the NE Brazilian basins have allowed the establishment of correlations between coeval geological sections not only in this region but also with those of the Brazilian marginal basins, including the rocks of the pre-salt deposits, as well as with West African basins. In addition to biostratigraphy, these microfossils have proved indispensable in paleoenvironmental and paleogeographical analyses, including studies on the opening of the South Atlantic Ocean. However, some publications have emerged that, regrettably, exhibit errors in species identification and/or the accurate interpretation of biostratigraphic works. These mistakes have led to proposed modifications in both the biochron and geographic distribution of index taxa and taxonomic synonymizations that are incongruent with the current state of knowledge of the species. Consequently, these inaccuracies have given rise to erroneous biochronostratigraphic correlations and paleoenvironmental inferences. In this context, we meticulously examine the current understanding of the taxonomy of ostracods from the Codó Formation (NE Brazil), which is essential for the debate on the use of Lower Cretaceous ostracods in stratigraphy.
Keywords: biostratigraphy, paleoecology, microfossils, Lower Cretaceous, Brazil.
RESUMO – A Classe Ostracoda compreende microcrustáceos bivalves que exibem grande diversidade e abundância nos paleolagos do Cretáceo Inferior do Brasil e do mundo. Com espécies geralmente bem preservadas e de biocrons relativamente curtos, tem proporcionado a criação de biozoneamentos de alta resolução que permitem correlações a grandes distâncias. Neste contexto, as biozonas do Cretáceo Inferior das bacias do NE do Brasil têm permitido o estabelecimento de correlações entre seções geológicas coevas não apenas nessa região, mas também com as bacias marginais do país, incluindo as rochas presentes nos depósitos do pré-sal, bem como com bacias da África Ocidental. Para além da bioestratigrafia, esses microfósseis têm se mostrado indispensáveis em análises paleoambientais e paleogeográficas, incluindo os estudos sobre a abertura do Oceano Atlântico Sul. No entanto, nos últimos anos têm surgido publicações que, devido à identificação equivocada das espécies e/ou à interpretação incorreta de trabalhos de cunho bioestratigráfico, têm proposto (i) modificações no biocron e na distribuição geográfica de táxons índices e (ii) sinonimizações taxonômicas incompatíveis com o estado atual do conhecimento das espécies, promovendo, assim, correlações biocronoestratigráficas e interpretações paleoambientais incorretas. Neste contexto, examinamos meticulosamente o entendimento atual da taxonomia dos ostracodes da Formação Codó (NE do Brasil), o qual é essencial para o debate sobre o uso de ostracodes do Cretáceo Inferior na estratigrafia.
Palavras-chave: bioestratigrafia, paleoecologia, microfósseis, Cretáceo Inferior, Brasil.
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