Age of the Post-rift Sequence I from the Araripe Basin, Lower Cretaceous, NE Brazil: implications for spatio-temporal correlation
DOI:
https://doi.org/10.4072/rbp.2021.1.03Abstract
A robust biostratigraphic zonation based on microfossils supports the stratigraphic framework and correlation of the interior basins of the Lower Cretaceous of NE Brazil. This zonation has also allowed correlations with coeval sections in the Brazilian marginal basins and in the Gabon and Congo basins (central-west Africa). These records, consisting mainly of non-marine sediments, were a great challenge with regard to the correlation with the International Chronostratigraphic Chart. Therefore, local stages were used, the most recent being the Alagoas local Brazilian Stage, with which the Post-rift Sequence I of the Araripe Basin is related. Regarding lithostratigraphy, this sequence includes the Rio da Batateira (Barbalha for some authors) and Santana formations, the last one with the famous Crato, Ipubi, and Romualdo members, from the base to the top. Although currently there is a consensus on the age of the Alagoas local Brazilian Stage in the Araripe Basin, recently a new age for at least part of the Post-rift Sequence I was proposed. This new proposal, based on isotopic analysis of Re-Os, arose as a panacea to correlate the Rio da Batateira Formation and the Crato and Ipubi members with the international stages. Surprisingly, their authors, although on the one hand, they seem to underestimate biostratigraphic results, on the other they seek to support their proposal from microfossils studied by previous authors, but they do so in an inappropriate way, leading readers to misinterpret their results. Therefore, this paper presents a critical review on the age of the Alagoas local Brazilian Stage in the Araripe Basin and nearby basins, refuting a Barremian age for part of the Post-rift Sequence I.
Keywords: Alagoas local Brazilian Stage, biostratigraphy, ostracods, palynomorphs, radiometric ages.
RESUMO – Um robusto zoneamento bioestratigráfico baseado em microfósseis suporta o arcabouço estratigráfico e a correlação dos estratos eocretáceos das bacias interiores do NE do Brasil. Esse zoneamento permite também correlações com seções coevas nas bacias marginais brasileiras e nas bacias do Gabão e Congo (centro-oeste da África). Tais registros, compostos principalmente por sedimentos não-marinhos, foram um grande desafio em termos de correlação com a Tabela Cronoestratigráfica Internacional. Assim, foram empregados andares locais, sendo o estratigraficamente mais alto o Andar Alagoas, com o qual a Sequência Pós-rifte I da Bacia do Araripe está relacionada. Quanto à litoestratigrafia, essa sequência inclui as formações Rio da Batateira (Barbalha para alguns autores) e Santana, a qual está subdividida nos famosos membros Crato, Ipubi e Romualdo, da base para o topo. Embora atualmente haja consenso sobre a idade do Andar Alagoas na
Bacia do Araripe, recentemente foi proposta uma nova idade para parte da Sequência Pós-rifte I. Essa nova proposta, baseada em análises isotópicas de Re-Os, foi apresentada como uma panaceia para correlacionar a formação Rio da Batateira e os membros Crato e Ipubi com os andares internacionais. Surpreendentemente, seus autores, embora por um lado pareçam desmerecer resultados bioestratigráficos, por outro buscam embasar sua proposta em microfósseis estudados por outros autores, mas o fazem de forma desacertada, levando os leitores a interpretarem equivocadamente seus resultados. Portanto, esse artigo apresenta uma revisão crítica da idade do Andar Alagoas na Bacia do Araripe e bacias próximas, refutando uma idade barremiana para parte da Sequência Pós-rifte I.
Palavras-chave: Andar Alagoas, bioestratigrafia, ostracodes, palinomorfos, idades radiométricas.
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