TRAÇOS FÓSSEIS DOS DEPÓSITOS MARINHOS RASOS DA FORMAÇÃO PITINGA, SILURIANO SUPERIOR DA BACIA DO AMAZONAS, RIO TAPAJÓS, PA, BRASIL

Autores

  • Meireanny de Albuquerque Gonçalves Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica, Faculdade de Geologia, Universidade Federal do Pará, Rua Augusto Corrêa, 01, Guamá, 66075-110, Belém, Pará, Brasil
  • Joelson Lima Soares Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica, Faculdade de Geologia, Universidade Federal do Pará, Rua Augusto Corrêa, 01, Guamá, 66075-110, Belém, Pará, Brasil
  • Hudson Pereira Santos Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica, Faculdade de Geologia, Universidade Federal do Pará, Rua Augusto Corrêa, 01, Guamá, 66075-110, Belém, Pará, Brasil
  • Afonso César Rodrigues Nogueira Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica, Faculdade de Geologia, Universidade Federal do Pará, Rua Augusto Corrêa, 01, Guamá, 66075-110, Belém, Pará, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.4072/18

Resumo

O intervalo Siluriano–Devoniano da Bacia do Amazonas apresenta uma baixa diversidade de traços fósseis. Depósitos transgressivos pós-glaciais da Formação Pitinga (Siluriano superior) que afloram às margens do rio Tapajós exibem uma associação de traços fósseis composta por Arthrophycus, Beaconites, Bifungites, Diplichnites, Lockeia, Monocraterion, Planolites e Phycodes, além de tubos indeterminados e traços indeterminados de artrópodes. Esta associação apresenta elementos da Icnofácies Cruziana e são encontrados associados à siltitos laminados e arenitos com acamamento ondulado e estratificações cruzadas tabulares e sigmoidais. A integração entre dados faciológicos e icnológicos aponta para um paleoambiente marinho raso dominado por ondas. A predominância de traços horizontais sugere águas relativamente calmas e deposição logo abaixo da base de ondas normais. Os produtores dos traços fósseis foram, provavelmente, organismos vermiformes e artrópodes, além de raros bivalves. A retração gradual das geleiras silurianas na transição para o Devoniano elevou o nível do mar e criou novos ecoespaços em mares transgressivos pós-glaciais. Desta forma, a baixa diversidade icnofaunística pode estar associada aos mares frios que dominavam a costa do Gondwana durante o Siluriano e que possibilitava a ocupação do substrato apenas por organismos adaptados ao estresse ambiental. Variações na taxa de sedimentação e erosão de traços fósseis de tiers mais rasos também podem ser responsáveis pela baixa diversidade encontrada nos depósitos estudados.

Palavras-chave: traços fósseis, Formação Pitinga, Rio Tapajós, Siluriano superior, Bacia do Amazonas.

 

DOI: http://dx.doi.org/10.4072/rbp.2017.2.03

 

 

Biografia do Autor

Meireanny de Albuquerque Gonçalves, Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica, Faculdade de Geologia, Universidade Federal do Pará, Rua Augusto Corrêa, 01, Guamá, 66075-110, Belém, Pará, Brasil

Joelson Lima Soares, Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica, Faculdade de Geologia, Universidade Federal do Pará, Rua Augusto Corrêa, 01, Guamá, 66075-110, Belém, Pará, Brasil

Hudson Pereira Santos, Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica, Faculdade de Geologia, Universidade Federal do Pará, Rua Augusto Corrêa, 01, Guamá, 66075-110, Belém, Pará, Brasil

Afonso César Rodrigues Nogueira, Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica, Faculdade de Geologia, Universidade Federal do Pará, Rua Augusto Corrêa, 01, Guamá, 66075-110, Belém, Pará, Brasil

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Publicado

2017-08-28

Como Citar

Gonçalves, M. de A., Soares, J. L., Santos, H. P., & Nogueira, A. C. R. (2017). TRAÇOS FÓSSEIS DOS DEPÓSITOS MARINHOS RASOS DA FORMAÇÃO PITINGA, SILURIANO SUPERIOR DA BACIA DO AMAZONAS, RIO TAPAJÓS, PA, BRASIL. Revista Brasileira De Paleontologia, 20(2), 179–194. https://doi.org/10.4072/18

Edição

Seção

Artigos