Taphofacies of coastal lakes based on mollusk death assemblages: a case study of Mirim Lake

Authors

  • Hugo Schmidt-Neto Programa de Pós-Graduação em Geologia, Universidade Vale do Rio dos Sinos, UNISINOS, Av. Unisinos, 950, 93022-000, São Leopoldo, RS, Brazil. paleonetto@gmail.com https://orcid.org/0000-0003-4472-9066

DOI:

https://doi.org/10.4072/rbp.2023.4.02

Abstract

Mirim Lake is the second-largest lacustrine body in Brazil, stretching for some 185 km and covering about 375 thousand hectares of water surface. This lake is part of the Patos-Mirim System, one of the world’s largest complexes of coastal lagoons, which is the result of the rise and fall of sea level over transgressive-regressive cycles triggered by glacio-eustasy during the Late Pleistocene and Holocene. Its characteristics and dynamics give it singular importance for studies on the genesis of shell accumulation in lagoons. This study aims to improve the knowledge of how the taphonomic signatures reflect the environmental characteristics and dynamics of Mirim Lake. Categorization of the arrangement and packing of death assemblages, as well as the orientation of shells, supported the biostratinomical approach. The taphonomic signatures included disarticulation, fragmentation, and corrosion of shells. Corrosion is the primary damage observed in the bioclasts, varying from a single loss of color to complete degradation. Differences in the characteristics of death assemblages observed in the dune fields and the lacustrine plain led to the recognition of two taphofacies. A more significant number of whole shells was observed in the dune field taphofacies, while sharp fragments and open-articulated bivalves in hydrodynamic unstable positions characterize the lacustrine plain taphofacies. The genesis of death assemblages and the taphonomic signatures of bioclasts were linked to three sedimentary dynamics attributed to the environment of Mirim Lake.

Keywords: biostratinomy, taphonomic signatures, shell deposits, dune field, lacustrine plain.

RESUMO – A Lagoa Mirim é o segundo maior corpo lacustre do Brasil, estendendo-se por cerca de 185 km e cobrindo cerca de 375 mil hectares de superfície de água. Este lago faz parte do Sistema Patos-Mirim, um dos maiores complexos de lagoas costeiras do mundo, que é o resultado da subida e descida do nível do mar ao longo de ciclos transgressivos-regressivos desencadeados pela glacio-eustasia durante o Pleistoceno Superior e o Holoceno. Suas características e dinâmica lhe conferem importância singular para estudos sobre a gênese do acúmulo de conchas em lagoas. Este estudo visa aprimorar o conhecimento de como as assinaturas tafonômicas refletem as características e dinâmicas ambientais da Lagoa Mirim. A bioestratinomia dos depósitos foi embasada no arranjo e empacotamento das assembleias mortas, bem como na orientação das conchas. Entre as assinaturas tafonômicas destacam-se a desarticulação, a fragmentação e a corrosão das conchas. A corrosão é o principal dano observado nos bioclastos, variando desde a perda da cor até a degradação completa da concha. Diferenças nas características das associações de mortas observadas nos campos de dunas e na planície lacustre levaram ao reconhecimento de duas tafofácies. Um número mais significativo de conchas inteiras foi observado nas tafofácies do campo de duna, enquanto fragmentos pontiagudos e conchas articuladas e abertas, em posições hidrodinâmicas instáveis, caracterizam as tafofácies da planície lacustre. A gênese das associações mortas e as assinaturas tafonômicas dos bioclastos foram relacionadas a três dinâmicas sedimentares atribuídas ao ambiente da Lagoa Mirim.

Palavras-chave: bioestratinomia, assinaturas tafonômicas, depósitos de conchas, campo de dunas, planície lacustre.

Downloads

Published

2024-03-10

How to Cite

Schmidt-Neto, H. (2024). Taphofacies of coastal lakes based on mollusk death assemblages: a case study of Mirim Lake. Revista Brasileira De Paleontologia, 26(4), 256–271. https://doi.org/10.4072/rbp.2023.4.02