MINA NOSSA SENHORA DA GUIA, ESTÂNCIA TURÍSTICA DE TREMEMBÉ (ESTADO DE SÃO PAULO): UM PATRIMÔNIO NATURAL E CULTURAL A SERVIÇO DO GEOTURISMO E DA HISTÓRIA DA PALEONTOLOGIA BRASILEIRA

Autores

Palavras-chave:

Tremembé, Sérgio Mezzalira, Geotourismo, Mina Nossa Senhora da Guia, História da Paleontologia Brasileira

Resumo

A Mina Nossa Senhora da Guia, localizada em área pública do centro urbano do município da Estância Turística de Tremembé-SP, configura-se como localidade em que fósseis foram encontrados em área de mineração desativada na região do Vale do Paraíba. O presente trabalho teve por objetivo demonstrar como remanescentes arquitetônicos em espaço desativado à exploração econômica mineral, situada em área pública sob gestão municipal e com registros científicos de achados paleontológicos, apresenta potencial à visitação a partir da exposição de compilação de publicações científicas disponíveis para a consolidação de seu reconhecimento como um atrativo a se efetivar com desenvolvimento de sinalização turística. A análise das bases de dados bibliográficos permitiu a recuperação e exposição da cronologia de espécies fósseis encontrados na Mina Nossa Senhora da Guia e possibilitou a recuperação do valor histórico que seus vestígios arquitetônicos representam à evolução da Paleontologia paulista e nacional. Ademais, possibilitam referências de relevância à produção de material de comunicação turística cientificamente preciso. O potencial turístico contido em relatos populares tremembeenses para os conteúdos fossilíferos para o histórico de operação da Mina Nossa Senhora da Guia eram conhecidos, mas ausentes de fundamentação científica. Os resultados deste trabalho revelaram o potencial que este logradouro oferece à comunicação turística e seu espaço de visitação como marco primário da riqueza paleontológica da Região do Vale do Paraíba Paulista. Em complemento, também contribuiu para a recomposição da cronologia de fósseis encontrados no município da Estância Turística de Tremembé e seu futuro proveito em projetos de incremento à visitação e subsídio à redação de próximos Planos Diretores de Turismo municipais.

Biografia do Autor

HERMÍNIO ISMAEL DE ARAÚJO-JÚNIOR, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Geologia, Departamento de Estratigrafia e Paleontologia

É paleontólogo e Presidente da Sociedade Brasileira de Paleontologia (SBP; biênio 2022-2023 e triênio 2024-2026). É Membro do Comitê de Assessoramento de Geociências (CA-GC) do CNPq (2024-2027). Possui graduação em Ciências Biológicas (2010) pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e Mestrado (2012) e Doutorado (2015) em Geologia (Paleontologia e Estratigrafia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Além disso, é especialista em Metodologia de Ensino de Ciências da Natureza (2016), pela Universidade Estácio de Sá; e fotógrafo, formado pela Nossa Escola de Fotografia (2021). É Professor Associado do Departamento de Estratigrafia e Paleontologia (DEPA) da Faculdade de Geologia (FGEL) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Coordenador Geral do Programa de Pós-graduação em Geociências (PPGG-UERJ). Atua nas áreas de Paleontologia Estratigráfica (Geociências) e Paleozoologia (Ciências Biológicas), com interesse nas áreas de Tafonomia, Icnologia e Paleoecologia. Nesse sentido, tem atuado na disseminação da Tafonomia no Brasil a partir da publicação de artigos em periódicos científicos, cursos ministrados, orientações/coorientações e atuação como Professor Visitante em universidades brasileiras (UFRJ, UFS, UESB e UFPE). Desenvolve e orienta/supervisiona pesquisas de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado nas áreas de Tafonomia, Icnologia, Paleoecologia, Paleopatologia, Geologia Sedimentar e Espeleologia. Palestras, mesas-redondas, oficinas e eventos constituem as principais ações extensionistas de seu projeto de extensão, o Instituto Virtual de Paleontologia (IVP). É ex-Diretor do Departamento de Extensão (DEPEXT-PR3) da UERJ (gestão 2020-2023) e ex-Presidente do Núcleo RJ/ES da SBP (gestões 2018-2020 e 2020-2022). Assessora órgãos de fomento à pesquisa científica no Brasil (CNPq, FAPERJ, FAPESP, FAPT) e no exterior (NSF, USA; FonCyT, Argentina). É sócio da Sociedade Brasileira de Paleontologia (desde 2010) e da Sociedade Brasileira de Geologia (desde 2015), tendo ocupado nos últimos anos a presidência e/ou direção de seus núcleos regionais (RJ/ES). Integra os grupos de cooperação internacional "Taphonomy Working Group", do International Council for Zooarcheology (Espanha) e "Rede BRASPOR" (Brasil-Portugal) e mantém cooperação científica com diversas instituições no exterior (Museo Nacional de Ciencias Naturales, Espanha; Université de Liège, Bélgica; University of Kansas, USA; UNS, UNLPam e Museo de La Plata, Argentina; UNAM, México). É bolsista dos programas de Produtividade em Pesquisa (CNPq; Nível 1D), Jovem Cientista do Nosso Estado (FAPERJ) e Prociência (UERJ). Lidera o grupo de pesquisa "Taphonomy and Stratigraphic Paleobiology Research Group", do CNPq. (Texto informado pelo autor)

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Publicado

2025-08-28