RECONHECENDO TOCAS FÓSSEIS DA ESTIVAÇÃO DE PEIXES PULMONADOS (SARCOPTERYGII, DIPNOI): ICNOTAXONOMIA E PALEOAMBIENTE
Abstract
Recognizing lungfish (Sarcopterygii, Dipnoi) estivation burrows: ichnotaxonomy and paleoenvironment. Lungfishes first appeared on Earth around 350 million years ago in freshwater environments from Gondwana, since when they suffered harsh adaptations through the geological time, among which, the aestivation capability. Such a behavior keeps preserved in the geological record along the eras and the fossil burrows own a high potential for environmental inferences. From so much we developed this work aiming to (i) gather the records once published on this theme, (ii) to discuss the adopted standard by the authors for interpreting the burrows and their burrowers, and (iii) to discuss the paleoenvironmental significance of the lungfish burrows presenting a model of its probable occurrence in the landscape context. For such a purpose, we made the literature review searching for terms related to the theme, in different basis and pages of scientific journals. We have found 35 articles reporting new occurrences of lungfish burrows, besides uncertain or refuted records, according to ichnotaxonomical parameters. A large proportion of the papers inform about sedimentary facies and paleoenvironmental conditions. Essentially, the records occur in areas of shallow rivers and lakes of a semiarid to subtropical climate, with seasonal humidity variations, but also in coastal environments. Still, from the presented publications, we consider lungfish aestivation burrows to be safe paleoenvironmental indicators.
Keywords: lungfish; aestivation; ichnofossils; ichnotaxonomy; floodplains; semiarid.
Resumo
Os peixes pulmonados surgiram há 350 milhões de anos em ambientes dulcícolas do Gondwana, desde quando passaram por importantes adaptações para sua sobrevivência ao longo do tempo geológico, dentre as quais, a capacidade de estivação. Esse comportamento fica preservado no registro geológico ao longo das eras na forma de tocas fósseis, que possuem elevado potencial para inferências paleoambientais. A partir de tanto, desenvolveu-se o presente trabalho, visando a (i) reunir os registros já publicados nesse tema, (ii) discutir o critério adotado pelos autores para a interpretação das tocas e seus escavadores, e (iii) discutir o significado paleoambiental das tocas de peixes pulmonados, apresentando um modelo de suas prováveis ocorrências no contexto da paisagem. Para tal propósito foi feita a revisão de literatura, por meio da busca de termos relacionados ao tema, em distintas plataformas e páginas de revistas científicas. Foram encontradas 35 publicações comunicando novas ocorrências de tocas de peixes pulmonados, além de registros incertos ou refutados, segundo parâmetros icnotaxonômicos. Grande parte das publicações informa sobre as fácies sedimentares e condições paleoambientais. Essencialmente, os registros ocorrem em áreas de rios e lagos rasos de clima semiárido a subtropical, com variações sazonais de umidade, mas também em ambientes costeiros, testificando que peixes pulmonados do passado eram tolerantes à água salgada. Ainda, a partir das publicações apresentadas, considera-se que as tocas da estivação de peixes pulmonados são indicadores seguros de paleoambiente.
Palavras-chave: peixes pulmonados; estivação; icnofósseis; icnotaxonomia; planícies de inundação; semiárido.
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