A Sociedade Brasileira de Paleontologia comemora, junto à comunidade paleontológica brasileira, a decisão do governo alemão de repatriar o espécime fóssil denominado Ubirajara jubatus. A luta incessante e inteligente travada pelos cientistas de nosso país foi fundamental para que Ubirajara retornasse ao Brasil, de onde saiu ilegalmente.
Gostaríamos aqui de chamar a atenção para o impacto positivo desencadeado pelas ações diretas executadas por esta Diretoria e com aquelas realizadas por paleontólogos e paleontólogas de várias instituições brasileiras. Tais atitudes convergiram para a denúncia de casos de ilegalidade relacionados ao patrimônio paleontológico brasileiro. A vitória da comunidade paleontológica brasileira é, acima de tudo, uma demonstração de que não aceitaremos mais atos desrespeitosos que ferem a dignidade e o respeito à ciência realizada no Brasil. Além disso, servirá, indubitavelmente, de espelho para as nações que sofrem com o mesmo problema.
Ressaltamos que as instituições de ensino e pesquisa de nosso país demonstram condições suficientes para abrigar todo e qualquer acervo paleontológico encontrado em nosso território. Nesse sentido, a SBP apoia a intenção de alocação do espécime em questão em seu local de origem, o Estado do Ceará, mais especificamente na coleção paleontológica do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens (MPPCN), na cidade de Santana do Cariri/CE.
Convidamos os associados a lerem o texto publicado na Revista Nature com a participação da SBP e das demais associações de paleontologia da América Latina https://www.nature.com/articles/d41586-022-01093-4 .
Finalizamos reforçando o fato de que a Diretoria da SBP continua envidando esforços para a proteção do patrimônio brasileiro e cumprimento das leis vigentes relacionadas aos fósseis e aos sítios paleontológicos, colaborando para a soberania nacional.
Saudações paleontológicas,
Diretoria da Sociedade Brasileira de Paleontologia.